Cada passo que eu dou a frente, sinto o vento me puxando para trás. A cada certeza nova, outra incerteza aparece.
E como se a cada palavra que eu disesse alguém aparecesse pra retrucar.
E é assim que eu me sinto.
Cada vez mais e profundamente sozinha.
Não uma solidão barroca, mas uma solidão que ora torna-se estimulo, ora, motivo para tristeza.
Sinto mesmo que eu devo ter algum papel nessa jossa chamada Terra.
Sinto mesmo que esse papel é exclusivamente meu.
E isso é proporcionalmente bom e ruim, porque vejo as pessoas que eu amo, de certa forma, terem suas funções reduzidas, e ora aumentadas.
Vejo elas me desistimulando e seus desistimulos me incentivando, como se depois de provar para mim mesma que sou capaz de tudo que sonho, provaria a elas com o orgulho no sorriso: Vejam, eu consegui!
É contraditório e irreverente, porque nega-se para aceitar-se. Pisa-se para levantar-se.
Cai-se para voar-se.
E assim vamos nessa roda imensa e colorida, abstrata e simples, cheia de frivolidades e ações vitais que me levam ao meu destino, sabe Deus onde, mas que sei que Ele me conduz.
Que eu tenha serenidade para anular o que me faz mal, para fazer sair por um ouvido, o que me entra incômodo no outro.
Porque pessoas para apitar, falar, achar, e apitar de novo é o que mais tem.
Mas na verdade, quem faz a planta do meu Castelo sou eu, os outros, se quiserem vir comigo, e me ajudar a construí-lo, serão felizes e amados.
E que Deus seja sempre comigo... e com vocês também!
20 de novembro de 2009
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Ei Gabilinda cadê você....saudades das suas palavras...beijinhos
ResponderExcluirUma amiga me indicou seu blog e eu gostei muito dos seus posts. Adorei seu jeito de escrever. =)
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