12 de fevereiro de 2010

A aventura continua...

Caros leitores e amigos,
A saga da borboleta continua, mas fora do casulo.
Para aqueles que me acompanharam e me deram força nos dias do casulo, os meus mais profundos e sinceros agradecimentos. Sem vocês não teria sido a mesma coisa!

E agora, convido todos vocês a acompanhar os rastros de tinta que deixarei no céu!

www.umrastrodetintanoceu.blogspot.com

Para aqueles saudosistas, inclusive eu, deixarei o casulo intacto para visitações!

E sejam muito bem vindos! E a aventura continua!
Vamos voar!

Obrigada!
Gabi Sikorski

5 de fevereiro de 2010

E a Borboleta saiu do Casulo...

O casulo se fez apertado como nunca. Não podia nem respirar.
Comecei e me incomodar, fui me mexer.
Foi então que ouvi barulhinhos estranhos, como se algo estivesse quebrando.
Céus! Era o casulo!
Mas como assim, já estou pronta? Já é tempo de sair do casulo?
A natureza respondia a minha pergunta.
A luz vinha de baixo, clara, casta, infinita e serena.
Podia ver meus pés e minhas asas sendo iluminados e fortalecidos por ela. Um misto de medo e alegria invadia meu ser e tomava conta de todo meu âmago.
Sentia borbulhar uma série de cores e sabores dentro de mim mesma, e ao mesmo tempo sentia uma paz estranha, tão paz, mas tão paz que me deixei levar.
Deixei a luz adentrar sem impecilhos e medos.
Mas também sabia que sair do casulo requer esforço meu também.
Então respirei fundo...
Olhei para as paredes do casulo, todas cheias de palavras, de traços, desenhos, fotografias, sorrisos, carinho, ternura, infância, amigos, abraços, beijos, corações, família, cumplicidade,compreensão, estrelas, amores, aventuras, goiabeiras, jaboticaba, amora, melancia, berinjela. Frutas, chamego, adoração, calafrios, lágrimas, tristeza, saudade. Vida, crescimento, evolução, mãe, avô, irmão,pai, paidrasto, tios, tias, priminhos, amigas, amigos, vovó. Presentes, Natal, Ano Novo, Páscoa, Dia das Crianças, Cabaninha, Histórias. Bacalhau, sopa, pão, queijo, uva, suco. Aniversários. Cama elástica, Barbies, bonecas, chá da tarde, xícaras de plástico, canequinhas, quartinho de briquedo. Corredor. Instante, esperança, ato, fé, fato. Deus. Tudo.
Tudo ali diante dos meus olhos. E anos se passaram diante dos meus olhos, anos que eu jamais imaginaria que passariam tão rápido.
O casulo se rompeu sem que eu percebesse, e agora a natureza diz que estou pronta, que é hora de deixar o casulo, hora de voar.
A gente acha que tem o controle das coisas, acha que vai saber quando o casulo for se romper. A gente se prepara, mas a gente definitivamente não tem o controle de nada, não sabe de nada. Quem sabe é a Natureza, a Vida.
Elas sabem de nós. Deus sabe de nós. E nós a medida que crescemos e aprendemos, tentamos nos conhecer melhor. Tentamos seguir o que sentimos e fazer aquilo que acreditamos.
Mas no fim das contas, a Natureza age por ela mesma, porque ela sabe quando estamos prontos.
As lágrimas desciam pela minha face, mas eu sabia que não podia continuar ali.
O que seria de uma Borboleta com as asas prontas, prostrada no casulo por medo? Não seria digna de minhas asas.
Não daria orgulho a Borboleta Mãe que tanto fez pra que eu fosse a Borboleta mais feliz do Mundo, do Universo. Nem a todas as pessoas que se dedicaram e cuidaram de mim, se doaram para que eu fosse uma pessoa melhor e mais feliz.
A Natureza se anunciava, era preciso deixar o casulo e voar.
Então, eu respirei fundo novamente. Acreditei em mim como nunca.
Eu tinha asas, eu sabia que tinha asas e elas eram feitas para que eu voasse! A Natureza, a Vida, elas haviam me dado asas para que eu voasse, não podia ficar parada!
Então vamos...
Devagar eu ia me mexendo, doía um pouco e era estranha, mas eu me deixava deslizar e me empurrava para fora do casulo.
Sentia o vento de fora batendo nas minhas asas recém saídas.
Conforme eu descia, mais as paredes do casulo ficavam longe de mim, e mais as minhas asas queriam voar. Longe só fisicamente, porque dentro de mim oo casulo é uma chama eterna.
Ia descendo, descendo, movendo as asas e fazendo força.
Era um parto, o parto em que eu era o bebê e a mãe, e fazia força para nascer e parir.
Então... a Luz!
Olhei para cima, lá estava a Árvore.
A Árvore que me guiou, que me sustentou, que é o alicerce do meu casulo e de todos os casulos de todas as borboletas. A Árvore de Amor, de Luz, de Paz.
A Árvore que se chamava : DEUS!
Eu olhei para ela... Via Deus em forma de uma Frondosa e Amorosa Árvore.
Meu coração e meus olhos se encheram de lágrimas de amor e alegria.
Havia saído do casulo, estava viva, tinha conseguido.
Então um Sopro Divino da Árvore me disse:
" Saíste do casulo, mas não temas. A Árvore que sustenta o casulo te guia e te ilumina sempre. Não tema a vida, Borboleta, se tens asas é para que voe! Então voe em busca do seu Destino, vá em busca daquilo que acredita, aqueça suas asas com seu voo, mas lembre-se sempre que aquecer primeiro as asas do seu coração! Não deixe que nada a apavore, pois a vida é boa a justa para todos, por mais que as vezes enxerguemos apenas dificuldades! E por falar nelas, saiba aproveitá-las para que elas façam de você uma pessoa melhor, mais decidida, e mais crente em si mesma. Voe Borboleta, encontre os horizontes dos seus sonhos, pinte o céu com as suas palavras mais belas, leve o que você tem de melhor ao mundo! Você pode ter saído do casulo, mas ele será sempre o Bom e Velho Casulo, e estará sempre de portas abertas pra você! Quanto a mim, eu te guiarei, confie em mim!"
Sentia muito amor e confiança dentro de mim. A Árvore me inspirava tudo aquilo que eu mais necessitava!
Minhas asas tiritavam.
" Mas tenha calma. Voa primeiro com a Borboleta Mãe. Ela é mais experiente, já voou mais e já aprendeu mais com seus voos. Ela te guiará no teu primeiro voo! E eu guiarei vocês!"


http://www.youtube.com/watch?v=fjduur9YyVA

2 de fevereiro de 2010

Zelo

Os dias tem amanhecido quentes e ensolarados.
Os primeiros raios de sol adentram o casulo com graça, tocando minha face, despertando-me para o dia que se inicia.
Ainda estou no casulo, mas ele se torna cada dia mais fino e mais sensível, por isso as vezes fico estática, não faço movimentos bruscos. Deixe que ele se rompa naturalmente.
Todos os dias o carinho e o cuidado das pessoas tocam meu coração. É nas mais simples coisas, num telefonema, num abraço, numa camiseta hering, em guadarnapos feitos a próprio punho, em cafeteiras,talheres, potinhos, secadores, grills, em preocupações com onde vou dormir e se é mais barato comprar colchão pela internet, onde vão levar minha mudança, qual é o caminho mais fácil a se fazer até a rodoviária. Preocupações carinhosas, que me deixam cheia de força e coragem pra enfrentar a nova vida fora do casulo.
Por ora está bom. Já pintei a parede do casulo por hoje, e espero que vocês entendam que é difícil sentar aqui para escrever as coisas que vão em meu coração, volta e meia quero chorar.
Mas vamos com calma, um passo de cada vez.
Eu espero com paciência e amor as coisas acontecerem. Ansiedade só atrapalha.
Vamos curtir os raios do sol, a alvorada, as flores e o ar puro por aqui.
E que o voo seja tão bonito quanto as demonstrações de carinho e preocupação que tenho recebido durante todos esses dias...
Obrigada...

27 de janeiro de 2010

Quase

Férias me fazem perder a noção do tempo. E hoje eu me reencontrei no tempo.
Está chegando.
Me reencontrei porque estava mesmo perdida, achei que o que aconteceria longe, acontece daqui a pouco. O ontem já foi e o hoje é pra já.
Levei um susto.
E nessa mais uma rachadura se fez no casulo. Agora já vejo tudo o que acontece lá fora.
Vejo as árvores e as flores. As pessoas.
Sinto os cheiros. Cheiro de chuva, de comida, de poluição. Cheiro de tudo.
Ouço os barulhos, os ruídos, as canções.
Os meus sentidos se abrem e começam a despertar para o que há fora do casulo.
Embora a visão fique um pouco turva as vezes, eu consigo enxergar que o mundo lá fora é bonito e colorido. Mas também é real, e sendo assim, pode ser frio e cinza às vezes.
O voo se aproxima, mas ainda estou no casulo.
Vejo e sinto, mas não com a visão panorâmica que terei no voo.
Minhas asas se amadurecem a cada dia, mas é estranho pensar que já estarão maduras quando o casulo se romper. Ainda ontem era uma lagartinha.
Mas não adianta pensar assim. Tenho que pensar que a Mãe Natureza é sábia, e que se o casulo se rompe, é porque estou pronta pra sair dele.
E por mais difícil que pareça essa saída eu sei que preciso dela pra fortalecer minhas asas. As de fora e as asas da alma.
Que a vida e o tempo sejam carinhosos comigo durante esses dias. E que eu seja forte e corajosa, pois o meu voo se aproxima e então... eu voarei!

25 de janeiro de 2010

Voe!

Um passo de cada vez, tentando correr o mais rápido que posso.
É tudo tão rápido, quase não tenho tempo pra respirar.
Um segundo. E o mundo está a sua volta.
Abre-se uma espiral de luzes e cores. Luzes e sombras. Luzes e possibilidades.
Nada a dizer, apenas entre.
Arrisque-se.
Viva.
Jogue.
Aposte.
O jogo que você joga, mas as regras não são suas.
Possibilidades. Estradas, estrelas, multidão.
Coração.
Você não está sozinha nessa, mas ninguém pode se mover por você.
Se você não der seus passos, ninguém dará por você!
Se você não se arriscar, não saberá como sua vida poderia ter sido.
É tempo de possibilidades, tempo de descobertas.
Desapego. É tempo de desapego.
De encarar seus medos, seus próprios fantasmas.
O casulo se rompe, a redoma de quebra.
Agora.
Escolhe.
Vá ou fique.
Lute ou perca.
Vença.
Acredite.
Ore.
Portais e portais, eles se abrem, mas eles se fecham. Decida-se.
Vai ou fica?
Algumas decisões mudarão toda sua vida. Essa é uma delas.
Então vá.
Não deixe que suas asas definhem por medo, ou por nada.
Não deixe que a chuva a detenha, mas seja prudente com os relampagos.
Não se assuste com trovões, são barulhos. Tenha medo de si mesma.
Não deixe que elogios enalteçam demais para que não se perca.
Não deixe que críticas a façam fraquejar. Dobre-as, tranforme-as em combustível.
Recolha as pedras do caminho, faça seu castelo. Tenha coragem.
Aqueles que realmente a amam estarão com você, te apoiando, incondicionalmente.
Siga seu coração, ouça sua intuição!
VOE!

22 de janeiro de 2010

Pássaro Negro

No começo, me fiz de cega. Fiz toda força do mundo pra não ver o que você tinha se tornado.
Jurava que era só uma fase, um deslumbre seu, fazia força pra acreditar que você só estava encantado demais com as inúmeras possibilidades que surgiam a sua frente.
Eu queria estar enganada. Queria mesmo que você aparecesse um dia como o irmão mais velho que nunca tive, e devolvesse a cumplicidade e confiança que eu depositei em você, e você, com todo seu egoísmo quebrou e pisoteou na minha frente.
Talvez você não tenha percebido, ou ache mesmo que quem mudou fui eu. Vai botar a culpa no tempo, vai dizer isso e aquilo, mas é muito fácil atribuir os próprios fracassos e dificuldades a outra pessoa, principalmente quando ela está perto de você.
Você foi a minha maior decepção de todos os tempos.
E mesmo depois que você começou a tirar sua máscara pérfida e suja eu ainda fazia por te defender, de coração. Dizia as pessoas que te condenavam que você só estava deslumbrado com a sua carreira que se iniciava, com as suas novas possibilidades.
Mas eu estava enganada. Na verdade, eu sempre estive certa em pensar que você era fraco.
Que você deixa um elogio medíocre enaltecer seu ego, deixa com que mentiras brancas façam de você uma pessoa mais feliz.
Você e seu egoísmo afastaram todos aqueles que você costumava chamar de amigos.
Eu sou mais uma pessoa que você acrescentou na sua lista de Gente que eu Decepecionei.
E olha, são muitas as pessoas, hoje eu vejo que eu não sou a única, e a sua lista podre tem muito mais pessoas do que você imagina.
Hoje eu tenho pena de você, pena do que você se tornou. Mas eu ainda rezo pra que você se encontre um dia.
É triste pensar que eu perdi o único amigo de verdade que eu tinha, ou que eu achava que tinha.
Você não merece o apelido que leva, mas se for levar pra outro sentido, de colibri amigo, você se tornou um pássaro negro e vazio, que voa pelo céu achando que é uma grande águia. Pobre de você, espero que você se encontre.

21 de janeiro de 2010

Sapatilhas


Sapatilhas, graça, tule, fitas, barras, plies.
Nada disso me serve. Serviu por um tempo, um curto tempo onde eu era pequena, mas acabou.
Tentei por algum tempo me adequar no padrão da doce menina bailarina, que encheria a casa de alegria e saltos. Doce engano.
Não tinha sustentação, não tinha flexibilidade, não sabia girar, não sabia saltar. Era delicada, mas naõ pra uma bailarina de clássico. Não como pediam.
Não tinha modos, não tinha jeito, não tinha talento, não tinha porte, não tinha postura. Não era bailarina, e não nascera para tal.
Frustrada por algum tempo, mas quando a gente cresce a gente entende que nem tudo é para todos. E hoje eu vejo que a cada dez bailarinas, duas realmente tem talento, postura, graça, porte e discernimento pra levar a dança adiante seriamente.
O resto são deslumbradas ou meninas que simplesmente conseguem dançar bem.
Mas nascer pra ser bailarina, são poucas.
Acho que me azedei com essa história de ballet.
Na verdade, acho que me deixei azedar.
Mas que aquelas que realmente acreditam em seu potencial, em sua capacidade, tem força e talento pra seguir adiante na estrada da sapatilha, boa sorte. E que cuidem dos seus calos e olhos de peixe, porque eu dei sorte de não ter estragado meus pés com a sapatilha...E que também tenha consciência que pé de bailarina só é bonito dentro da sapatilha!

Jamille de novo

Mais uma vez Paris é cúmplice dos seus casos e descasos.
Caminha ofegante, passos rápidos e marcados pelo som do salto alto.
O ar frio que sai da boca parece fumaça de cigarro, o cigarro que ela fumara a algumas quadras antes, e talvez seja por isso também que tenha a respiração descompassada.
O nariz gelado, o lenço fino e envolver-lhe e proteger-lhe a nuca. Dois olhos alçando distante um lugar para se sentir segura.
E logo atrás, alguém a segue.
Vai mais rápido que pode, mas prefere não correr. Correr é coisa de moleca, ela já era uma mulher, como bem dizia a si mesma todos os dias quando acordava sozinha, ou acompanhada por mais um capricho que nem se lembrava o nome.
O encontro com as amigas lhe fizera bem, mas algo a incomodava profundamente.
Foi embora, e esse algo foi junto.
Um turbilhão de idéias a cada passo. Será que teria que viver assim pra sempre?
Talvez seria bom se mudar de Paris. O interior seria uma boa saída, embora fosse razoavelmente conhecida por seus quadros e suas artes, talvez até mudar de país.
Poderia ir pra Irlanda. Sempre gostou muito das histórias da Irlanda.
O passo apertava, e ela também.
E ao longe eu a vejo, andando o mais rápido que pode, fugindo.
Não está fugindo de ninguém, nem de homem, nem mulher, nem cobrador, nem nada.
É só Jamille de novo, fugindo das próprias mentiras.

20 de janeiro de 2010

Jamille

Para Jamille nada era mais custoso do que a fidelidade.
E mesmo sendo vulnerável as tentações, ela sabia manter relacionamentos sólidos... pelo menos até quando suas mentiras eram descobertas.
Jamille fora criada nas ruas boemias de Paris, ao som de acordeons, tilintar de taças, e vinhos caros. Vinda de família boa, com o tempo ganhou espaço como poetisa na escola da arte que frequentava.
Era, sem dúvidas, uma mulher cheia de encantos e fascínios. Dois olhos meigos expressavam uma doçura sedutora, quase irresistível para homens que pensavam mais com a cabeça de baixo.
Desde menina Jamille teve muitos romances, romances regados se paixão, flores, promessas. Mas sempre amaldiçoados pelas traições de Jamille.
Não se contentava em ter apenas um homem aos seus pés. Um era muito pouco. Queria que todos a vissem como Musa de seus sonhos, perdendo a oportunidade de um relacionamento sincero e sem mentiras.
Para Jamille, não havia motivos para trair, era só querer. O relacionamento podia estar um mar de rosas, que ela conseguia tranformá-lo num mar de crisantemos brancos e foscos.
Nem ela mesma entendia o porque de trair tanto. Questionava-se por não conseguir dedicar-se integralmente a um único homem.
Jamille perdeu os amores mais belos que poderia ter vivido assim, nos caprichos de suas traições.
Hoje, já não é tão jovem como antes, e a segurança familiar tão sonhada, é um sonho distante e longinquo.
Jamille caminha pelas ruas de Paris, ainda muito bela e desejada, mas com o coração comprimido por seus erros, dilacerado por suas próprias traições, pela falta de amor consigo mesma e pela fidelidade que ela nunca soube o que era.

12 de janeiro de 2010

Eu sou seu espelho!


Acho muito engraçado quando as pessoas vem nos cobrar coisas que nem elas mesmas fazem.
Na verdade, se tem uma coisa que me faz classificar uma pessoa como idiota é isso.
Pô amiguem, nem você faz, por que raios eu faria?
Durante os últimos dias, tenho me deparado com uma série de pessoas assim.
As pessoas não nos tratam com prioridade, e querem que as tratemos com prioridade.
As pessoas não chegam no horário combinado nos encontros marcados, e querem que cheguemos.
Ah, dá licença!
Primeiro que se você quer tratar do jeito que você bem entender, não cobre uma postura que nem você tem.
Quer ser ingrato? Não exija que as pessoas sejam gratas para com você.
Você tem todo o direito do mundo de agir como um fdp, mas não exija das pessoas carisma, sociabilidade, e flexibilidade. Nem você tem competência pra tal, por que os outros tem que ter.
Por mais primitivo que pareça, as vezes a gente tem que tratar assim, na base do Espelho.
Eu sou seu espelho, e o que você faz pra mim, terá de volta, da mesma maneira, nem mais, nem menos.
Eu trato com gentileza quem é gentil comigo.
E faço as coisas pra quem as faz pra mim. Muito embora às vezes eu faça mesmo quando sei que não terei retorno.
Mas é preciso ser mais firme com a postura que se toma, senão o povo monta na gente mesmo.
Quer que eu seja gentil e amigável com você? Seja comigo!
Quer que eu vá na sua casa? Venha na minha!
Quer que eu te ignore? Me ignore também.
Quer que eu sorria pra você? Sorria pra mim!
E não se esqueça: Eu sou seu Espelho!

10 de janeiro de 2010

Desapegos do Casulo

E mais uma vez me deparo com as rachaduras do casulo. Rachaduras que vem acompanhadas de luz do sol, mas também de um pouco de chuva e trovões.
Agora já sinto a água bater nas minhas asas, e também o medo dos trovões e relampagos no céu. Meo de que me atinjam, mas não tem problema, posso voar mais alto que eles.
Procurando uma flor pra habitar, esperançosa em meus planos cheios de cor de rosa e sorrisos, o que encontrei não era bem o que imaginava. Faltou harmonia. Bateu o desespero.
As coisas fugiam do meu controle mais uma vez, e aquilo que havia planejado não era o que eu via.
Então, o Meu Animador de Asas, Impulsionador de Voo, o Grande Noni, com suas palavras carinhosas, alertou-me novamente:
" É só mais um aviso da vida pra você não fazer planos. Quando não acontece como o planejado, você se frustra. Deixe a vida fazer, deixe as coisas acontecerem."
E pimba, lágrimas pra todos os lados.
Minhas asas, que eu abriria tão em breve, confinadas a falta de liberdade da tirania da convivência, imposições mal feitas, tonalidades adversas, dois segundos pra pensar.
Logo eu, uma lagartinha criada num grande e majestoso lar de sonhos, cheio de amor e conforto, protegida sob as asas mimosas e queridas da minha Borboleta Mãe, cheia de afagos de todos aqueles que me rondavam, com um grande espaço para andar, correr, saltar, correr de novo, plantar sementinhas e rabanetes, com muito verde, jaboticabeira, goioabeira, amoreira, e sonhadeira. E puff, tudo isso compactado, sem nada dissso, num pequeno lugar, num canto, que não seria tão meu assim. Não como imaginei.
E Ele, o Grande Noni, a escutar a acarinhar-me com suas palavras e seu amor. E logo em seguida, a Borboleta Mãe, a me consolar com sua compreensão materna, seu carinhoso conforto em palavras, suas doses homeopáticas de realidade.
Não era mais uma lagartinha, e mesmo quando for uma Velha Borboleta, sei que terei pessoas maravilhosas e encantadas pra fazer o meu jardim mais lindo e amoroso.
Então, no lar do Grande Noni, a Borboleta Sogra a me consolar com sua vivência, sua história semelhante, e sua dedicação sorridente. Todos impulsionando e alertando, sorrindo, acarinhando, despertando.
Então, percebi que falta apenas o Voo, e logo poderei escrever não tão somente na parede do casulo, mas em árvores, em flores, no céu e em estrelas, e onde mais eu puder alcançar.
Que minhas asas sejam fortes pra suportar toda a tempestade e todo o frio, e que eu seja uma Borboleta Corajosa e cheia de coisas boas no coração, pois sei que são elas que estão me fazendo amadurecer as asas.

Seus olhos meus

Meu Porto-Seguro em meio a um mar de incertezas e indecisões.
Doze trabalhos quase inalcansáveis, e Meu Hércules para derrubar a Hidra e todos os monstros que me rodeiam.
Todo o medo de tomar decisões por mim mesma, e ele, Meu Anjo da Guarda, me mostrando caminhos mais fáceis, retirando as pedras que podem existir.
Meus olhos quase não podiam ver, e ele chegou me fazendo despertar para novas óticas, novas percepções. Mostrando que as coisas não são de uma única maneira, e que existem infinitas possibilidades e percepções, mas uma verdade universal: o amor.
Esses últimos meses tem sido um bocado dificeis pra mim, mas existe ele, o Meu Noni, que tem feito das tripas coração, que tem transformado escuridão em luz, só por amor a mim, pra me ver feliz, pra me ver bem.
A proteção, o carinho, o zelo, o cuidado, a mão querida que limpa a lágrima triste, que conforta e consola, na esperança de que tudo dará certo, e de que o tenho para estar comigo pra sempre.
Os laços se concretizam a cada olhar, a cada gesto, e uma imensidão de maravilhas se abre diante dos meus olhos. De repente, tudo que há de bom no mundo, todo o amor e o carinho, a afeição e a transparência, todos os meus sonhos mais bonitos, se mostram naqueles dois olhos azuis, naquele par de olhos tão claro como a água, tão verdadeiro como o amor.
E todos os apegos mesquinhos, as verdades mundanas se sublimaram diante daqueles olhos tão puros e sinceros. Tudo que havia de mal em mim, dissipou-se quando eu vi aqueles olhos, os mais amados desde então.
Hoje, ao olhar aqueles olhos infinitos eu tive a certeza que tenho toda a vez que eles me fitam: o amor é o mais próximo de Deus que podemos chegar. E a paz que senti quando me abraçou tão forte, não há nada que substitua. Mesmo com todos meus tropeços, Deus foi tão bom comigo, me enviando o Meu Noni, que me ajuda em tudo, me ampara, me conforta, cuida de mim, e mais importante me ama como eu sou.
Tudo que veio com ele, a família em especial, só tem iluminado ainda mais a estrada da minha vida.
E eu peço a Deus para que isso se perpetue. Que seja pra sempre.
Eu agradeço todos os dias, e quero que ele saiba que se tudo ficou mais fácil de levar, se tudo que era pesado ganhou leveza, é graças a ele, que não mede esforços pra me ver feliz, e que tem me aguentado num período dificílimo, mas que sem ele, não teria sobrevivido sem sequelas.
Que esse nosso amor se engradesça a cada dia, e que seja cada dia mais puro e verdadeiro, que possamos alcançar juntos, tudo aquilo que sonhamos. Eu te amo muuuto, e te quero pra sempre comigo!

4 de janeiro de 2010

Feliz Dia Novo

Começou mais um ano. Já estamos em 2010.
Acredito que nunca é tarde para fazermos reflexões sobre essa história de Ano Novo. Na verdade acho tudo isso meio subjetivo e relativo.
Não gosto de generalizações, mas as pessoas só param pra pensar em suas vidas quando nos aproximamos do Natal, e quando beiramos a meia noite do dia 31 de dezembro.
Muito estranho na minha opinião, porque devíamos pensar em como somos, como agimos e no que podemos realizar todos os dias.
Isso mesmo...
Vamos desconstruir, dissecar a frase: FELIZ ANO NOVO.
Feliz é a felicidade de acordar e a gratidão de poder dormir. Felicidade são horas que nos descuidemos dos problemas, dos defeitos, das dificuldades e apenas sentimos o que a vida tem a nos oferecer. Quando respiramos fundo e sentimos que somos parte desse Universo lindo e Inifito, que somos um pedaço do Amor de Deus.
Ano... É aí que a gente pega. Isso mesmo, vamos lá. Um ano ( que não seja bissexto ), é composto por 365 dias. DIAS.
Exatamente. Um ano só é um ano porque tem dias.
Então nós devíamos celebrar o Ano Novo a cada dia. E não digo celebrar tomando champagne, enchendo a cara e comendo como um descompensado. Mas digo em celebrar a vida que se inicia todos os dias. A vida que se renova todos os dias. É isso que é o Ano Novo!
Temos que viver e sentir cada dia desse Ano Novo que se iniciou. Afinal é mais um dia, um dia re renovação... É um dia NOVO!
Acho mesmo que se as pessoas parassem e pensassem no sentido do que elas dizem, talvez elas compreendessem o sentido do Ano Novo.
Não estou querendo monopolizar o sentido dessa data, de forma alguma, mas só estou querendo, no espaço que possuo aqui, mostrar como vejo, e talvez despertar outros olhares e consciências segundo a minha pequenez e atividade.
Então, vivamos todos os Dias desse Ano Novo que se iniciou com tudo aquilo que desejamos, sentimos e almejamos na Virada do dia 31 para o dia 1!
E que todos os nossos sonhos possam ser verdade.
Que possamos buscar nossos objetivos todos os dias, que possamos ter amor no coração e saúde, todos os dias.
Feliz Dia Novo pra vocês!