Quando escrevo na parede há mil vozes e só há uma.
Mil indagações e uma pergunta.
É sempre assim quando se transita por alguma fase da vida.
E eu estou assim, em transição.
O casulo é muito aconchegante. E eu gosto muito daqui.
Mas borboleta que não sai do casulo não pode voar.
Pra voar eu preciso deixar o casulo.
Não é fácil deixar tudo aqui.
Minhas paredes, minhas letras, meus cheiros, meus sorrisos, meus afagos, meus carinhos.
Pedaços de mim em forma de gente, que se locomovem, falam, pensam, às vezes muito diferente de mim, mas ainda sim são pedaços meus.
Poderia estar chorando ao pensar em deixar o casulo.
Mas a concepção de casulo em casulo me fez mudar a minha ótica.
Agora, eu vejo as coisas com mais clareza, embora ainda esteja no casulo.
E é aí que está o bonito da vida...
A gente muda a todo instante...
E pra finalizar a minha tinta de hoje, eu deixo aqui na parede um verso do meu amigo português pra quem quiser pensar na vida...
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades".
Boa semana!
13 de setembro de 2009
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