14 de setembro de 2009

Artifícios da beleza


Olhos, boca, pele, peitos, pernas, unhas, cabelos, cabelos, cabelos, sombrancelhas, mãos.
Tudo em ordem.
Por fora, a mais harmonica organização de um ser. Simetricamente bela.
Por dentro, uma bagunça, um descaso com a própria alma. Sujeira, desorganização interna.
Quantas e quantas mulheres não compensam suas falhas, suas desgraças, seus estigmas, suas maldades, sua frieza, com a beleza?
Já diz o ditado: "por fora, bela viola. por dentro, pão bolorento."
A beleza, essa ardilosa amiga de umas, companheira leal de outras.
E para outras ainda, só mais uma efemeridade mundana, que infelizmente vai passar.
Afinal, quem não gosta de ser bonita? De ser admirada, vista, elogiada?
E quanto egocentrismo há nos olhos de uma mulher, nos seus cabelos, nos seus pés?
Já dizem as acéfalas: quando se tem beleza, se tem tudo!
Grande engano, minhas amigas...
Porque na mesmoa velocidade que ficamos belas, envelhecemos.
E nossas peles de pêssegos passam a ser velhos maracujás.
As nossas barrigas saradas ficam flácidas, tal como nossas pernas.
Nossos peitos caem. É a força da gravidade!
Puxa vida!
Que tragédia! Que horror!
Mas é assim...
Mas não contentes com a velhice, as mulheres de hoje recorrem a medicina estética.
Botox, pilling, lifting, plástica, plástico, silicone, puxa aqui, lipa lá, remenda aqui.
E pronto! Temos a Barbie Sintética Sexagésima!
Sexy, não?
Sem falar nas meninas tão novas, usando de todos os artificios possíveis para serem cada dia mais belas!
Quanto mais cedo se tiver silicone, quanto mais magra você puder ser, mlehor pro seu futuro!
E eu pergunto: Que futuro?
A beleza é efemeridade da vida também, amadas.
Aceitem-se como são, sejam belas porque a vida lhes fez assim.
Mas nem todas pensamos assim, na verdade, fazemos força pra pensar assim...
Mas enquanto formos belas, vivamos a beleza, mas como ela é, como ela deve ser...

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